28.6.13

“o que foge ao corpo”


estou morto e creio
numa revolução
mas estou vivo e isso
é a grande revolução
não comprovada por-
que admito não sei
que língua usar se me
suam os ossos, mas
amo os que deixam
entregues à causa
o que é câncer de rotina
o que estraga o poema
exato porque o amor
é bravo como um potro
e não se fazem potros
a não ser pela bonita
história e já não sabia
agir o mundo-humano
e onde estávamos nós
enquanto dividíamos
a falta e a cerveja ruim?

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