4.1.12

"o pinho, a pinha"

o maior medo vem das minhas entranhas.
um demônio surdo que não ouve suplícios
sobrevoa meus povos com sua língua suja,
mergulha com esporas em meu estômago.
facadas maternas prolongam certo fetiche,
o marxismo nos encanta pela falsa leveza,
por leveza dos equívocos sábios de outrora.
gotas de vontade pingam barras de paixão,
animais aleijados sempre copulam melhor.
sou o cadáver com um pires sobre o peito,
as mortes representam as novas segundas.
o pinho é macho da pinha, isto é mais lindo.

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