13.3.07

"bar"


dêem licença ao colecionador de farsas. ele se encolhe no colo mais trêmulo dentro do vagão mais úmido do trem mais atrasado para o apito de quem diz te amo ao te ver partir como um lenço que não termina no fim desta frase--------.

dêem licença ao traficante de ossos. seu tipo de calefação é trágico, desaba com qualquer lágrima fictícia.

é engraçado pensar que só te conheço por alguns ângulos inventados do teu movimento. não é somente uma sonata, é aquele arquétipo de pureza nos olhos desviados mais entregues e fúnebres.

quem foi mesmo que disse que o segredo do mestre é saber quais notas escorregar para debaixo da mesa?

envia pelo correio uma foto bem bonita e uma crítica bem ácida, da minha pior literatura.

Nenhum comentário: